sábado, 22 de agosto de 2009

A Rosa Púrpura do Cairo

Título original: The Purple Rose of Cairo.
Direção: Woody Allen.
Roteiro: Woody Allen.
Edição: Susan E. Morse.
Fotografia: Gordon Willis.
Produção: Robert Greenhut.
Elenco: Mia Farrow, Jeff Daniels, Danny Aiello, Dianne Wiest.
Gênero: Comédia.
Lançamento: 1985 - E.U.A.

Nota: 8,5



Sinopse

Em um local pobre dos Estados Unidos, durante a grande depressão, a garçonete Cecília( vivida por Mia Farrow), sustenta com seu trabalho, o marido bêbado e desempregado que eventualmente a agride e espanca.Cecília têm uma vida dura e a realidade para ela é insuportável, por isso, como vávula de escape, ela vai constantemente ao cinema ver diversos filmes, com o intuito de fugir de sua vida medíocre e fantasiar com as aventuras fantásticas que vê nas telas.
Cecília vai então à estréia de um filme que vai mudar sua vida, "A Rosa Púpura do Cairo", pois se apaixona pelo filme e vai vê-lo constantemente.Ao assití-lo diversas
vezes consecutivas o personagem principal do filme, Tom Baxter( vivido por Jeff Daniels) faz o impossível, olha para ela e pergunta o por quê que ela está vendo o filme pela quarta ou quinta vez e sai da tela para o "mundo real" para viver uma aventura romântica com Cecília.
Isto provoca um tumulto nos outros atores do filme e outros "Tom Baxter" de outros filmes que estão em cartaz em outras salas também começam a se rebelar.A situação se complica ainda mais quando o ator que interpreta Tom, um tal Gil Sheperd, vivido também por Jeff Daniels, imagina que sua carreira vai acabar por causa deste tumulto e decide ir ao encontro de seu personagem para convencê-lo a voltar para dentro da tela, mas o inimaginável acontece quando o ator também se apaixona por Cecília.Assim ela fica divida entre o amor do personagem e o ator dele.

Comentários

O filme não precisa de muitas explicações ou análises profundas para seu entendimento, pois toca em algo que mexe com todos aqueles que algum dia foram ao cinema e ficaram imaginando como seria viver a realidade de dentro das telas dos filmes que estão sendo exibidos.
Este longa é um dos melhores já feitos por Woddy Allen e ele já declarou diversas vezes que dos filmes que fez este é o que mais gosta.
Muitas cenas são excelentes e cômicas, como: ao beijar Cecília, Tom fica espantado por não haver o "fade-out"( o escurecimento da tela nas cenas de amor, recurso muito utilizado em filmes antigos), o dinheiro que Tom usa para pagar o restaurante é cenográfico, seu amor é puro com o uso de frases "clichês" e com comportamento de herói de cinema.As revoltas dos outros "Toms" são muito boas, persongens esquecendo suas falas por exemplo, e Woody faz uma sátira aos atores egocêntricos.
O caminho inverso da saída da tela também é possível, pois quando Cecília entra no filme com Tom criam algumas cenas fantásticas como quando chegam a um restaurante e pedem mesa para sete e o garçom se espanta, pois no roteiro original era sempre uma mesa pra seis.
Para variar, Woody propõe uma discussão sobre DEUS, discutindo a função do Criador e da Criatura.Tom vai com Cecília à uma igreja onde vê uma imagem de DEUS, que para ele o Deus-Criador não é Cristo, mas os roteiristas que o inventaram e assinaram o roteiro.
Um filme muito bom e fácil de assistir, fato raro em filmes de Woody Allen.

Curiosidade

Originalmente, Michael Keaton iria interpretar os personagens Tom Baxter e Gil Sheperd.Foram gravadas algumas cenas com os personagens, mas o diretor Woody Allen não gostou do resultado e resolveu trocá-lo por Jeff Daniels, que estava em começo de carreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado, sua opinião é importante para nós.