sábado, 20 de julho de 2013

Monet

Oscar-Claude Monet (1840 — 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.

O começo de sua carreira artística foi marcado por dificuldades financeiras. Porém, na década de 1870, começou a obter sucesso. Suas obras de arte seguiam, como temática principal, as paisagens da natureza. Trabalhava de forma harmônica as cores e luzes, criando imagens belas e fortes. Neste contexto artístico, podemos citar a série de pinturas que realizou sobre a catedral de Rouen (1892-1894), onde o artista retratou a construção em diversos momentos do dia, com variações de luminosidade.

O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha.A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.

A leitura da pintura impressionista é muito válida para os fotógrafos, pois as análises e descrições destes pintores sobre os efeitos da incidência da luz, nos variados horários do dia e em épocas diferentes do ano, nos objetos retratados, serviram de base para os grandes fotógrafos da século 20 criarem suas obras.







sexta-feira, 19 de julho de 2013

BESphoto

A partir de 2011 o BESphoto, até então circunscrito a artistas residentes em Portugal, ampliou a participação para fotógrafos brasileiros e os de países africanos de língua oficial portuguesa. Em 2013 o prêmio chega a sua 9° edição com destaque para o Brasil. Uma parceria entre o Banco Espírito Santo, Museu Coleção Berardo e o Instituto Tomie Ohtake possibilitou que a exposição com trabalhos dos selecionados chegasse a São Paulo, depois de passar pelo Museu Coleção Berardo em Lisboa, justamente no ano em que o grande vencedor do prêmio é também um brasileiro, Pedro Motta.

Instituto Tomie Ohtake - Mezanino
R. Coropés, 88 - Pinheiros - Oeste.


terça a domingo: 11h às 20h.
de 19/6/2013 à 11/08/2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Comênio

“Deve-se começar a formação muito cedo, pois não se deve passar a vida a aprender, mas a fazer.”

“Quanto maior é o número de problemas em que pensamos, maior é o perigo de não compreendermos nenhum.”

“Age idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos não quanto eles podem aprender, mas quanto ele próprio deseja.”

"As línguas aprendem-se, não como uma parte da instrução ou da sabedoria, mas como um instrumento para adquirir a instrução e para comunicar aos outros."

“É inata no homem a aptidão para saber, mas não o próprio saber.”

"As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade."

“O homem tem necessidade de ser formado para que se torne homem.”

“Deve-se desejar que até as nações bárbaras possam ser iluminadas e arrancadas das trevas da sua barbárie e, desse modo, porque são parte do gênero humano, assemelhadas ao seu todo, pois, na verdade, o todo não é todo se lhe falta alguma de suas partes.”

“Se não quer ser acusado de espírito estulto e malévolo deve querer-se que todos estejam bem e não apenas nós próprios, ou alguns dos nossos próximos, ou somente o nosso povo.”

“Um método universal de ensinar tudo a todos. E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir bons resultados. E de ensinar rapidamente, sem nenhum enfado e sem aborrecimento para os alunos e para os professores, mas antes com sumo prazer para uns e para outros. E de ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com palavras, mas encaminhando os alunos para a verdadeira instrução, para os bons costumes e para a piedade sincera.”

“É lícito, foi lícito e sempre será lícito procurar as coisas grandes (…) Por mais imperfeita que seja a minha tentativa e não chegue a atingir o objetivo que eu me havia proposto, o meu exemplo trará, todavia, ao menos, a prova de que foi percorrida uma longa etapa que jamais havia sido percorrida e que o cume a escalar está mais próximo do que até aqui.”

 
Jan Amos Comênio (1592 - 1670) foi um bispo protestante da Igreja Moraviana, professor, cientista e escritor Tcheco, considerado o fundador da Didática Moderna.
Foi um dos primeiros a pensar na educação das crianças e a reconhecer o valor da educação para elas.
A primeira educação da criança era introduzida pelo "colo da mãe" sendo desenvolvido dentro dos lares, defendendo então a importância da tarefa dos pais quanto a educação de seus filhos.

Comenius defendia que o cultivo dos sentidos e da imaginação precedia o desenvolvimento racional.
Para o desenvolvimento da criança eram necessários materiais diversos que seriam internalizados, tornando assim a experiência mais concreta e a possibilidade do brincar e do aprender pelos sentidos.

Foi em 1657 que Comênius usou a imagem de "jardim-de-infância" onde as "arvorezinhas plantadas" seriam regadas sendo assim comparada com o lugar da educação das crianças pequenas, revelando a sua mais conhecida obra, a Didactica Magna (1633), onde faz analogia entre a educação de crianças e o cultivo de plantas. Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente.




terça-feira, 16 de julho de 2013

Akira Kurosawa

Akira Kurosawa,(1910 – 1998) foi um dos cineastas mais importantes do Japão, e seus filmes influenciaram uma grande geração de diretores do mundo todo.

Em sua infância expressava tal fragilidade a ponto de chegar a ser chamado pelo humilhante apelido de Kompeito-san, uma alusão aos confeitos que se derretiam. Aquele menino sensível se desmanchava em lágrimas diante da rigidez do sistema educacional japonês. Contradições de um espírito com inequívoca vocação para o conflito. Um cineasta com fama de rígido, mas de cujas mãos surgiram obras primas delicadas e de rara beleza.

Descendente de uma família de samurais, passou a vida confeccionando sonhos em celuloide.Transcendeu a gêneros, períodos e nacionalidades, sem jamais relegar a segundo plano a sua própria cultura, aquele peculiar jeito nipônico, manifestado na movimentação dos atores, nas caracterizações de personagens de teatro Nô. Mas nada se compara a seu amor pela personalidade controversa e pela obra genial de Vincent Van Gogh. O episódio “Os Corvos”, do filme Sonhos, é uma amostra de um desejo manifesto que Kurosawa deixou irrealizado: filmar a biografia do pintor holandês.

Com uma carreira de cinquenta anos, Kurosawa dirigiu 30 filmes. É amplamente considerado como um dos cineastas mais importantes e influentes da história do cinema. Em 1989, foi premiado com o Oscar pelo conjunto de sua obra.O mais tocante e belo em toda a obra de Kurosawa está justamente na grandeza de sentimentos. Seus últimos filmes, Sonhos, Rapsódia em Agosto e Madadayo são pinceladas intimistas sobre a velhice, a morte, o tempo.

Cidadão do mundo, Kurosawa bebeu na arte e na cultura ocidentais, sem maiores temores. “Não importa para onde eu vá, e embora não fale outra língua, nenhum lugar é estranho o suficiente para mim. Sinto que a Terra é meu lar”, disse em seu “Relato Autobiográfico” (publicado no Brasil pela editora estação Liberdade).

Fonte: cinecafesorocaba, wikipedia

e-David - Robot Painting


e-David Robot Painting from eDavid on Vimeo.

Esta máquina não trabalha apenas elaborando cenários que estão salvos na sua memória, mas sim tem a habilidade de avaliar o seu próprio trabalho.O diferencial dele é o fato de utilizar uma câmera para observar o que é pintado e mudar a sua técnica de trabalho para que o desenho final seja o melhor possível — ou seja, a máquina é capaz de usar técnicas de pintura variadas.

No entanto, como o e-David ainda é uma máquina, é necessário alimentar o banco de memória dele com imagens que servem de inspiração, como paisagens bucólicas ou rostos de pessoas marcantes.

Além disso, ele também pode utilizar cinco pincéis diferentes e 24 cores, que são escolhidos pela máquina no momento da pintura. E se você quiser conferir o trabalho do e-David sendo feito, basta assistir ao vídeo acima.

Fonte: CNET, Gizmodo e Vimeo
 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Revert Henrique Klumb



Revert Henrique Klumb (183? - ca.1886)

Outros Nomes: Henrique Klumb, Revert Henrique Klumb, Revert-Henry Klumb

Assim como outros fotógrafos que atuam no Brasil no século XIX, pouco se sabe a seu respeito antes de 1852, quando se instala no Rio de Janeiro. Entre 1855 e 1862, realiza diversas vistas estereoscópicas da capital imperial e é, provavelmente, o introdutor desse processo no país. Em 1860, é condecorado com uma menção honrosa na 14ª Exposição Geral de Belas Artes da Academia Imperial de Belas Artes (Aiba). No ano seguinte, documenta a inauguração da primeira estrada de rodagem brasileira, a União-Indústria, ligando Petrópolis, no Rio de Janeiro, à cidade mineira Juiz de Fora, e recebe o título de Fotógrafo da Casa Imperial. Em 1866, transfere-se para Petrópolis e passa a dar aulas de fotografia para a princesa Isabel (1846-1921). Além de retratar uma clientela nobre, Klumb é conhecido pelas paisagens e por registrar plantas, aves e naturezas-mortas, temas pouco comuns na fotografia oitocentista.

Publica, em 1872,DozeHoras em Diligência. Guia do Viajante de Petrópolis a Juiz de Fora, um dos primeiros livros de fotografia editados no Brasil, com textos e fotos de sua autoria. Nos anos 1860 e 1870, mantém sociedade com Paul T. Robin no estabelecimento Photographia Brazileira. Por volta de 1885, muda-se para Paris com a família, mas, no ano seguinte, devido a problemas financeiros, solicita passagens de volta ao Brasil à imperatriz dona Teresa Cristina (1822-1889). O pedido é deferido. No entanto, não se sabe se retorna a Salvador, como pretendia, ou se permanece na Europa.

Ao lado de Auguste Stahl (1824-1877) e Marc Ferrez (1843-1923), Revert Henrique Klumb é considerado um dos mais importantes fotógrafos paisagistas que atuam no Brasil no século XIX. Além de trabalhar em estúdio, produz vistas urbanas do Rio de Janeiro, Petrópolis e da estrada União-Indústria e registra intensamente a flora local.

Klumb é o primeiro fotógrafo a documentar a paisagem carioca de maneira ampla e sistemática. Possivelmente entre 1855 e 1862, realiza cerca de 200 imagens estereoscópicas mostrando a capital do império ainda com feições coloniais. Registra o Passeio Público antes da reforma iniciada em 1862, a Floresta da Tijuca, o Jardim Botânico, edifícios públicos, monumentos históricos, vistas gerais da cidade e cenas urbanas com o movimento das ruas.

As imagens panorâmicas feitas do alto dos morros lembram o caráter descritivo da pintura holandesa do século XVII. No Passeio Público e no Jardim Botânico, a figura humana está quase sempre presente, apresentada de maneira diminuta em relação à exuberância da flora, que remete à noção do sublime, presente na pintura romântica do século XIX.

Outros temas enfocados por Klumb o singularizam em relação à fotografia oitocentista brasileira. Por volta de 1860, ele retrata lavadeiras na Floresta da Tijuca e registra uma procissão em frente à capela imperial, o que demonstra seu interesse pelo cotidiano da cidade. Fotografava aves e plantas nos jardins da residência da princesa Isabel (1846-1921), naturezas-mortas e, por encomenda do imperador dom Pedro II (1825-1891), os interiores do Palácio de São Cristóvão.

Um pouco mais do trabalho de Revert Klumb pode ser visto nesta coletânea de fotos.

Revert Klumb


Revert Klumb from Fantoches de Luz

Um pouco da obra deste excelente fotógrafo, atuante em terras brasileiras, no século 19. 

domingo, 14 de julho de 2013

Endre Ady

Recordação de uma noite de verão

Do alto do céu um anjo enraivecido
tocou o alarme para a terra triste.
Endoidaram cem jovens pelo menos,
caíram pelo menos cem estrelas,
pelo menos cem virgens se perderam:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Nossa velha colméia pegou fogo,
nosso potro melhor quebrou a pata,
os mortos, no meu sonho, estavam vivos
e Burkus, nosso cão fiel, sumiu,
nossa criada Mári, que era muda,
esganiçou de pronto uma canção:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Os ninguéns exultavam de ousadia,
os justos encolhiam-se e o ladrão,
mesmo o mais tímido, roubou então:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Sabíamos da imperfeição dos homens,
de suas grandes dívidas de amor:
mas era singular, ainda assim,
o fim de um mundo que chegava ao fim.
Jamais tão zombeteira esteve a lua
e nunca foi menor o ser humano
do que foi nessa tal noite em questão:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Perversamente em júbilo, a agonia
sobre todas as almas se abatia,
os homens imbuíram-se do fado
recôndito de cada antepassado
e, rumo a bodas de um horror sangrento,
seguia embriagado o pensamento,
o altivo servidor do ser humano,
este, por sua vez, mero aleijão:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Pensava então, pensava eu, todavia,
que um deus negligenciado voltaria
à vida para me levar à morte,
mas eis que vivo e ainda sou o mesmo
no qual me converteu aquela noite
e, à espera desse deus, recordo agora
uma só noite mais que aterradora
que fez um mundo inteiro soçobrar:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.


Endre Ady (1877 — 1919) foi um poeta húngaro que causou controvérsia na época em que escreveu poemas sobre uma mistura de erotismo, profecia, teologia calvinista, patriotismo desesperado e política radical.

Foi o grande pioneiro da literatura húngara moderna e, apesar de estar vinculdao ao Simbolismo, é considerado o introdutor das vanguardas na Hungria.

Junto com seus contemporâneos e amigos, Mihály Babits (também grande ensaísta e tradutor da Divina Comédia), Dezsö Kosztolányi (excelente prosador e romancista) e Gyula Juhász, Ady fundou a mais influente revista literária húngara: Nyugat. O nome quer dizer “Ocidente”, termo cujo sentido mais geral era o mesmo de hoje, só que então se lhe dava um sentido positivo. Até a revista terminar, algo que ocorreu no começo da segunda guerra mundial, todos os poetas e escritores importantes do país estiveram de uma maneira ou de outra ligados a ela.