Título original:
Nosferatu - Eine Symphonie des Grauens
Ano:
1922
País:
Alemanha
Duração:
81 min.
Gênero:
Terror
Diretor:
F. W. Murnau
Elenco:
Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder, Alexander Granach, Georg
Heinrich Schnell, Ruth Landshoff, John Gottowt, Gustav Botz, Max Nemetz,
Wolfgang Heinz, Albert Venohr, Guido Herzfeld, Hardy von François
Sinopse
Hutter (Gustav von
Wangenheim), agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um
castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock (Max
Schreck), que na verdade é um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para
Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente quem pode
reverter esta situação é Ellen (Greta Schröder), a esposa de Hutter, pois
Orlock está atraído por ela.
Comentários
O comentário transcrito abaixo foi extraído do site kollision e foi muito bem elaborado, valendo sua reprodução como forma de elogio.
"Para quem conhece a
história de Drácula e suas inúmeras variações como adaptações cinematográficas,
não há grande mistério no enredo deste clássico do cinema mudo. Os nomes dos
personagens principais e alguns conceitos da história foram alterados, apenas
isso.
A ambientação do filme é
extremamente eficiente, com uma fotografia monocromática e granulada que se
alterna o tempo todo entre os tons azuis (que simbolizam a noite) e os tons
claros e amarelos (que simbolizam o dia). Até mesmo um trecho de filme em
negativo foi incluído pelo diretor Murnau. Contrariando a vertente
expressionista na qual o filme se insere, há belas tomadas ao ar livre, algumas
delas de uma textura dantesca e horripilante, como árvores se projetando aos
céus e desfiladeiros e cumes que se estendem pelo horizonte. O clima fúnebre
que domina a parte anterior ao clímax, quando a chamada "praga" toma
conta da cidade, é muito bem construído e simbolizado pela fila de aldeões
carregando os caixões a passos lentos e pesados.
Max Schreck entrega uma
performance intocável. Repugnante e assustador, seu vampiro é capaz ainda de
provocar pena em algumas seqüências, para dali a pouco causar repulsa ao se
mostrar um simples parasita, imóvel diante da câmera enquanto se alimenta de
sua vítima desfalecida.
Nosferatu, é o primeiro
filme de vampiro da história do cinema. Dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau,
um dos principais cineastas do chamado "expressionismo alemão",
movimento que teve seu apogeu na década de 20 e influenciou gerações de
cineastas nos anos vindouros. Baseado livremente no livro de Bram Stoker
(Drácula), o filme enfrentou problemas de distribuição por não ter tido o aval
da viúva do escritor, e quase desapareceu da face da Terra antes mesmo que
atingir o status de
clássico que possui hoje."
Fonte :
kollision.biz e adorocinema.com