sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ralph Gibson & Larry Clark

O MIS apresenta a exposição Ralph Gibson & Larry Clark - Amizade, fotos e filmes. Com curadoria de Nessia Leonzini, a mostra celebra a longa amizade e o companheirismo profissional de dois dos maiores fotógrafos americanos da contemporaneidade.
 
Composta pelos vídeos mais contundentes da obra de Larry Clark, e trazendo um panorama completo da carreira artística de Ralph Gibson, a mostra traça um interessante paralelo entre a produção audiovisual e fotográfica dos anos 1960 aos anos 2000. Entre tantos nus esteticamente poéticos e fotos de sensualidade exuberante, o perfil minimalista e surrealista de Ralph estará em plena sintonia com a exploração da realidade juvenil, violenta e pungente que Larry retrata com maestria.

27 de junho a 25 de agosto de 2013

Espaço Expositivo e Espaço Redondo (1º andar)
Horário – terças a sextas, das 12h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h.
Ingresso -  R$ 6,00 (50% de desconto para estudantes e idosos acima de 60 anos. Menores de 05 anos não pagam)
Entrada gratuita às terças-feiras.

O Museu da Imagem e do Som de São Paulo - MIS - fica localizado na Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo - SP

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Johannes Kepler

“As leis da Natureza nada mais são que pensamentos matemáticos de Deus.”

“Os caminhos que conduzem o homem ao saber são tão maravilhosos quanto o próprio saber.”

“São grandes as vantagens industriais derivadas do princípio econômico da divisão do trabalho, porém, por causa disso, privou-se o trabalho do homem de alma e de vida.”

“A natureza usa o mínimo possível de tudo.”

"Os céus contemplam a glória de Deus."

"Minha intenção é demonstrar que a máquina celeste não é um ser divino, mas um relógio."

“Tão logo alguém descubra a arte de voar, não faltarão humanos vivendo na Lua e em Júpiter.”

"Prefiro a crítica mais dura de um homem inteligente à aprovação impensada da grande massa."

"Quanto mais para a frente o homem vai em penetrar os segredos da natureza, melhor ele descobre sobre a universalidade do plano eterno."

"A visão deve aprender com a razão."

"Não nos perguntamos qual o propósito dos pássaros cantarem, pois o canto é o seu prazer, uma vez que foram criados para cantar. Similarmente, não devemos perguntar porque a mente humana se inquieta com a extensão dos segredos dos céus... A diversidade do fenômeno da Natureza é tão vasta e os tesouros escondidos nos céus tão ricos, precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimento."

Johannes Kepler (1571 — 1630) foi um astrônomo, matemático e astrólogo alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII.

Kepler foi a um só tempo astrofísico e metafísico, homem prático e sonhador. Por meio de critérios experimentais e uso de telescópios, Kepler comprovou a teoria heliocêntrica de Copérnico, segundo a qual os planetas giram em torno do Sol. Suas duas primeiras leis, demonstradas na obra Astronomia nova, de 1609, descrevem o movimento planetário em torno do Sol. A primeira afirma que os planetas realizam órbitas na forma de uma elipse. A segunda, que o raio que liga um planeta ao Sol percorre áreas iguais em tempos iguais. Harmonices mundi, a descoberta da BN, é uma obra de sua maturidade. É no capítulo final dessa obra que Kepler formula sua terceira lei, que relaciona os períodos de revolução dos planetas a distâncias médias do Sol. Trata-se de um caso particular da Lei da Gravitação Universal, que seria formulada por Isaac Newton sete décadas depois.

A obra de Kepler fornece ainda uma explicação para a ordem do Universo por meio da geometria e da música. Em Harmonices mundi, tenta demonstrar a noção medieval de música das esferas. As velocidades de um planeta poderiam, de acordo com essa visão, ser traduzidas em proporções harmônicas e intervalos entre os graus da escala musical. O cosmo executaria, segundo Kepler, um gigantesco acorde perfeito. Ele também mostrou, pela primeira vez, que seria possível programar expedições para os planetas. Em sua obra póstuma, Somnium (O sonho), lançada em 1634, narra uma viagem à Lua.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Ingmar Bergman

Ernst Ingmar Bergman (1918 — 2007), dramaturgo e cineasta sueco.

Estudou na Universidade de Estocolmo, onde se interessou por teatro e, mais tarde, por cinema. Iniciou a carreira em 1941, escrevendo a peça teatral "Morte de Gaspar". Em 1944, desenvolveu o primeiro argumento para o filme "Hets" e realizou o primeiro filme em 1945, "Kris".

Bergman foi a figura mais destacada do cinema escandinavo, fez "Jogos de Verão" (1950) e "Um Verão com Mônica" (1952). Seus filmes eram estrelados por seus atores favoritos: Max Von Sydow, Liv Ullmann, Harriet Anderson, Gunnar Bjornstrand e Bibi Anderson. O amplo conjunto de sua obra engloba desde a comédia leve ao drama psicológico ou filosófico mais profundo.

Nos anos 60, seus filmes foram ficando cada vez mais profundos, com imagens psicológicas criadas a partir dos próprios sentimentos e da visão do diretor, caso de "Persona" (66), "O Silêncio" (1963) e "A Hora do Lobo" (1968).

Ao contrário dos filmes americanos da época, que faziam tudo para chamar a atenção, Bergman preferia os tons suaves, a sutileza dos movimentos, o tempo da reflexão. Os recursos técnicos que utilizava eram os flashbacks e as sequências de sonhos e visões.

Seus filmes da década de 70 não foram tão elaborados, mas nem por isso são menos geniais. São os casos de "Gritos e Sussurros" (1972), "Flauta Mágica" (1974), "O Ovo da Serpente"(1977) e "Sonata de Outono" (1978), com a atriz Ingrid Bergman. Em 1983, ganhou pela terceira vez o Oscar de melhor filme estrangeiro por "Fanny e Alexander", uma recriação de sua própria infância.

Talvez o melhor comentário sobre Ingmar Bergman tenha partido de Jean-Luc Godard:

"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico". (Jean-Luc Godard, "Bergmanorama", Cahiers du cinéma, Julho – 1958).

Fonte: cinesorocaba e wikipedia


Foto gigante

Com 34 gigapixels de resolução, a composição feita por Jeffrey Martin mostra a cidade de Praga nos mínimos detalhes, vista do topo da Torre Petrin. Criar esse projeto foi bastante trabalhoso: o fotógrafo levou uma hora e meia para capturar tudo o que ele precisava com sua Canon 1-Dx, com lentes 28-300 e lentes olho-de-peixe 8-15.

Martin teve uma boa ajuda da Fujitsu Technology Solutions Europe na hora de juntar tudo: a empresa ofereceu a ele dois processadores quad-core Xeon e 192 GB RAM de potência para trabalhar com tantas informações. O resultado é uma foto incrível, com 260 mil x 130 mil pixels.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Guilherme Gaensly

Guilherme Gaensly, nascido Wilhelm Gänsli, (Wohlhausen, 1843 — São Paulo, 1928) foi um fotógrafo suíço-brasileiro que se dedicou ao retrato e à documentação inicialmente na Bahia até meados da década de 1880 e posteriormente em São Paulo, onde foi um dos mais ativos autores de cartões-postais da cidade entre 1895 e 1925.

Não há, entretanto, registro do seu rosto e poucas informações acerca de sua vida, fora o notável acervo fotográfico deixado.

Guilherme Gaensly inicialmente atuou em Salvador, em 1871, com a Abre a
Photographia Premiada, na estrada do Manguinho, em sociedade com Waldemar Lange e J. Scheier. Em 1877 transferiu-se para a Ladeira de São Bento, com a denominação de Photographia do Commercio, e em 1882 associou-se a Rodolpho Lindemann, transferindo seu estúdio para o Largo do Theatro. No período de 1882 a 1884 elaborou o Álbum da Estrada de Ferro Central de Alagoas, Maceió e Vila Imperatriz.Em 1895 mudou-se para São Paulo, onde teve fotos publicadas no livro São Paulo 1895, de Gustavo König Wald, e viria a tornar-se nas duas décadas seguintes o mais destacado paisagista do estado de São Paulo, onde acompanhou o vertiginoso processo que transformou a São Paulo do final do século XIX na grande metrópole das primeiras décadas do século XX. 


No período de 1900 a 1910 a firma, na Rua Boa Vista, editou várias séries de cartões postais sobre a cidade de São Paulo, as melhores de seu tempo. A residência Von Büllow, dada sua posição e altura, serviu de plataforma para fotos panorâmicas da Paulista, integrantes de uma série surgida nos primeiros anos do século XX, com cem vistas de São Paulo. Também fotografou a cultura cafeeira de Araraquara, Ribeirão Preto, Campinas, São Manoel, Santa Cruz das Palmeiras, do café do interior do estado e do Porto de Santos. Trabalhou intensamente até 1921, e neste período Gaensly produziu milhares de imagens que se tornaram ícones de representação da cidade de São Paulo do início daquele século.

Gaensly colaborou durante 25 anos com a São Paulo Tramway Light and Power Company (atual EletroPaulo), o que lhe deu a chance de aprimorar seu enorme pendor para a paisagem, expresso na ampla documentação do processo de modernização da cidade de São Paulo
.

Guilherme Gaensly


domingo, 30 de junho de 2013

Alda Lara

TESTAMENTO


À prostituta mais nova

Do bairro mais velho e escuro,

Deixo os meus brincos, lavrados

Em cristal, límpido e puro...



E àquela virgem esquecida

Rapariga sem ternura,

Sonhando algures uma lenda,

Deixo o meu vestido branco,

O meu vestido de noiva,

Todo tecido de renda...



Este meu rosário antigo

Ofereço-o àquele amigo

Que não acredita em Deus...



E os livros, rosários meus

Das contas de outro sofrer,

São para os homens humildes,

Que nunca souberam ler.



Quanto aos meus poemas loucos,

Esses, que são de dor

Sincera e desordenada...

Esses, que são de esperança,

Desesperada mas firme,

Deixo-os a ti, meu amor...



Para que, na paz da hora,

Em que a minha alma venha

Beijar de longe os teus olhos,



Vás por essa noite fora...

Com passos feitos de lua,

Oferecê-los às crianças

Que encontrares em cada rua...


Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque, conhecida como Alda Lara (1930 - 1962), foi uma poetisa angolana, que criou uma grande produção poética, publicada apenas após a sua morte, através da recolha dos seus poemas feita pelo seu marido.

Alda Lara foi casada com o escritor Orlando Albuquerque. Ainda nova mudou-se para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu. Posteriormente, frequentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e depois de Coimbra, onde acabou por se licenciar. Esteve ligada a atividades da Casa dos Estudantes do Império (CEI), sendo uma excelente declamadora, chamando a atenção para os poetas africanos. Após a sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira (atual Lubango) instituiu o Prêmio Alda Lara de poesia, em sua homenagem.