sábado, 13 de julho de 2013

Relaxe

Tirinha extraída do Jornal Folha de São Paulo

Níquel Náusea de Fernando Gonzales

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Arquitetura Brasileira Vista por Grandes Fotógrafos

A relação entre a arquitetura e a fotografia é representada na mostra por meio de imagens assinadas por Leonardo Finotti, Cristiano Mascaro, Romulo Fialdini e Thomas Farkas, entre outros nomes. São fotografias de obras públicas da década de 1930 até os dias de hoje.

Instituto Tomie Ohtake - Térreo
R. Coropés, 88 - Pinheiros - Oeste. Telefone: 11 2245-1900.

De terça a domingo: 11h às 20h.
Até 21 de julho de 2013.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Theodor Adorno

"Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força."

"Existe um critério quase infalível para determinar se um homem é realmente teu amigo: o modo como refere opiniões hostis ou descorteses a teu respeito."

"O amor é a capacidade de perceber o semelhante no dessemelhante."

"A arte é a magia libertada da mentira de ser verdadeira."

"A tarefa atual da arte é introduzir o caos na ordem."

"A decadência da oferta espelha-se na penosa invenção dos artigos para presente, que já pressupõem o fato de não se saber o que presentear porque, na verdade, não se tem nenhuma vontade de fazê-lo."

"Liberdade não é poder escolher entre preto e branco mas sim abominar este tipo de propostas de escolha."

"A vida tornou-se a ideologia da sua própria ausência."

"O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens."

"Nenhum pensamento é imune à sua comunicação, e basta já expressá-lo num falso lugar e num falso acordo para minar a sua verdade."

"O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho."

"A arte necessita da filosofia, que a interpreta, para dizer o que ela não consegue dizer, conquanto só através da arte pode ser dito ao não ser dito."

"Aviso aos intelectuais: não deixem que ninguém vos represente."

“Com a felicidade acontece o mesmo que com a verdade: não se possui, mas está-se nela. Sim, a felicidade não é mais do que o estar envolvido, reflexo da segurança do seio materno. Por isso, nenhum ser feliz pode saber que o é. Para ver a felicidade, teria de dela sair: seria então como um recém-nascido. Quem diz que é feliz mente, na medida em que jura, e peca assim contra a felicidade. Só lhe é fiel quem diz: fui feliz. A única relação da consciência com a felicidade é o agradecimento: tal constitui a sua incomparável dignidade.”



Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno, ou simplesmente Theodor Adorno (1903 – 1969) filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão.É um dos expoentes da chamada Escola de Frankfurt, juntamente com Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Jürgen Habermas e outros.

Theodor Adorno se envolveu em uma polêmica com seu companheiro e amigo da Escola de Frankfurt, Herbert Marcuse, por não ter apoiado os estudantes que, em 31 de janeiro de 1969, interromperam sua aula, tentando continuar, dentro do Instituto, os protestos que tomavam as ruas das capitais da Europa. Adorno chamou a polícia.
Marcuse se posicionou a favor dos estudantes e, em uma série de cartas, repreendeu e criticou severamente o amigo, dizendo de maneira clara que "em determinadas situações, a ocupação de prédios e a interrupção de aulas são atos legítimos de protesto político (...) Na medida em que a democracia burguesa (em virtude de suas antinomias imanentes) se fecha à transformação qualitativa, e isso através do próprio processo democrático-parlamentar, a oposição extraparlamentar torna-se a única forma de contestação: desobediência civil, ação direta".

terça-feira, 9 de julho de 2013

Andrei Tarkovski

Andrei Arsenyevich Tarkovski (1932-1986) , filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes. Tendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGIK) em 1956. Em 1960 dirige seu primeiro filme um média metragem de 44 minutos ( O Rolo Compressor e O Violinista) e em 1962 ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o seu segundo trabalho, A Infância de Ivan.
 
Considerado persona non grata pelo governo da ex-União Soviética, desde o início de carreira, o cineasta não abria mão de suas obsessões. Quando fez Solaris, considerado seu melhor trabalho, que é um filme sobre um planeta oceânico dotado de inteligência, capaz de fazer os astronautas de uma expedição materializarem os sonhos mais ocultos, recebeu elogios de Akira Kurosawa, que considerou o filme assustador.

Poeta, filósofo, cineasta, Tarkovski tinha idéias bastante claras sobre os segredos da sua arte. Por exemplo, ele dividia os cineastas em dois grupos: aqueles que procuram reproduzir o mundo à sua volta e aqueles que, numa direção oposta, criam seu próprio mundo particular. “Geralmente, estes são os poetas”, dizia ele.

Para Tarkovski, uma das grandes particularidades da arte, é sua intenção de persuadir as pessoas não através de argumentos racionais, mas sim a partir do impacto emocional. A arte tem de ser sentida, pois o artista a impregnou como uma energia que transcende a razão de um diálogo meramente jornalístico.

Quando instado a explicar o sentido de seus filmes, ele respondia com a seguinte metáfora: "Você olha um relógio. Ele funciona, mostra as horas. Você tenta compreender como ele funciona e o desmonta. Ele não anda mais. E no entanto essa é a única maneira de compreender..."

Nikon Symphony

O fotógrafo Benjamin Von Wong produziu a “Nikon Symphony” que foi feita com 14 câmeras que, em um ritmo composto por um colega de Von Wong,produzem uma música com o barulho do obturador, da navegação entre menus e até do disparo do flash.

O conjunto de equipamentos custa cerca de US$ 30 mil, mas todas as máquinas foram cedidas pelo Nikon Professional Services, já que o vídeo é uma boa propaganda para a empresa. No canal do autor, é possível até baixar a música em MP3.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

C.R.Savage - Fotógrafo

Charles Roscoe Savage (1832 - 1909) foi um fotógrafo de paisagem de origem britânica e as fotografias que produziu são imagens do oeste americano. Ele é mais conhecido por suas fotos de 1869 sobre a ligação da primeira ferrovia transcontinental americana.

Savage nasceu em Southampton, Inglaterra, em 16 de agosto de 1832. Aos 14 anos entrou para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon). Depois de cumprir missões para a Igreja na Suíça e na Inglaterra, emigrou para os Estados Unidos durante o inverno de 1855-1856. Inicialmente, encontrou trabalho como fotógrafo em Nova York, porém foi para o oeste no ano seguinte. Ele primeiro se estabeleceu em Nebraska, em seguida, Council Bluffs, Iowa, onde abriu seu primeiro estúdio independente com uma galeria.

Na primavera de 1860, viajou para Salt Lake City,  onde abriu um novo estúdio de fotografia com um parceiro, Marsena Cannon. Um ano mais tarde,  Savage estabeleceu uma parceria com o artista plástico George Ottinger. Muitas das fotografias de Savage foram reproduzidas no jornal semanal Harper's weekly, que criou uma reputação nacional para a empresa. Essa parceria continuou até 1870.

Como fotógrafo sob contrato com a Union Pacific Railroad, Savage viajou para a Califórnia em 1866 e, em seguida, seguiu os trilhos de volta para Utah. Fotografou a ligação da Union Pacific e Pacific Central em Utah em 1869.Esta série é considerada sua obra mais famosa.

Outras imagens de Savage conhecidas incluem fotos das tribos Great Basin, especialmente o Paiute e Shoshone. Savage fotografou áreas cênicas do oeste americano, incluindo o Parque Nacional de Yellowstone, Zion National Park.

Seu trabalho criou muitas imagens que documentaram o crescimento de Utah e outras cidades do oeste americano. Também viajou extensivamente para outras áreas da América do Norte, tirando fotos em áreas do Canadá e México.

A maioria das fotografias arquivadas da Savage, produzidas por vários métodos fotográficos iniciais diferentes, perderam-se em 1883 em um incêndio desastroso em seu estúdio.

Confira um pouco de seu trabalho na seguinte publicação. C.R. Savage

C. R. Savage


C R Savage from Fantoches de Luz

Fotos produzidas por C.R.Savage no século 19. Ele documentou a formação de muitas cidades americanas com o o advento das redes ferroviárias.

domingo, 7 de julho de 2013

Samuel Beckett

De novo o último refluxo
os pedregulhos mortos
a meia-volta e após as escalas
rumo à antiga iluminação

eu sou aquele curso de areia que passa
entre o cascalho e a duna
a chuva do verão chove sobre minha vida
sobre mim minha vida me vai me caça
e termina no dia da sua iniciação

momento querido eu te vejo
nesta cortina de névoa que desmancha
quando eu já não piso nestas longas soleiras movediças e vivo o tempo de uma porta
que se abre e se fecha

o que eu faria deste mundo sem rosto sem perguntas onde ser não dura mais que um instante onde cada instante
flui pelo vazio o esquecimento de ter sido
sem esta onda onde no fim
corpo e sombra juntos são tragados
o que eu faria sem este silêncio garganta dos murmúrios
ofegando furiosos para o salvamento para o amor
sem este céu que se eleva
da poeira do seu lastro

o que eu faria eu faria como ontem e como hoje
cuidando pela minha janela se eu não estou só
a passear e a virar pra longe de toda a vida
dentro de um espaço fantoche
sem voz entre as vozes
trancadas aqui comigo

eu quero que o meu amor morra
que ele chova sobre o cemitério
e ruelas em que eu vá
lamentando a que pensou me amar


Samuel Beckett (1906 — 1989) dramaturgo e escritor irlandês.

Beckett é amplamente considerado como um dos escritores mais influentes do século XX.Fortemente influenciado por James Joyce, ele é considerado um dos últimos modernistas.Utilizava em suas obras, traduzidas em mais de trinta línguas, uma riqueza metafórica imensa, privilegiando uma visão pessimista acerca do fenômeno humano. É considerado um dos principais autores do denominado teatro do absurdo.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1969.