sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Gabinete do Desenho

A mostra "Da Seção de Arte ao Prêmio Aquisição" inaugura o Gabinete do Desenho, que é novo espaço da Secretaria Municipal de Cultura.

Com curadoria de Agnaldo Farias, a coletiva marca a abertura do novo espaço da Secretaria Municipal de Cultura. A mostra pretende discutir vários aspectos do desenho por meio do trabalho de artistas de diferentes gerações, de Tarsila do Amaral a Carmela Gross.

A primeira exposição deste Gabinete do Desenho, que agora se inaugura, são duas. Estão, portanto, interligadas. Uma, a do piso térreo, composta exclusivamente por obras extraídas da coleção do município; outra, localizada no andar superior, constituída por obras tomadas de empréstimo, em sua maioria inéditas. A primeira refere-se ao impressionante, por substantivo, acúmulo de expressões concernentes aos contextos históricos em que foram produzidas, grandemente responsáveis pelas espessuras e qualidades desses contextos. A segunda, indissoluvelmente ligada a essa coleção, diz respeito ao futuro que se quer garantir à nova instituição, um futuro ligado ao alargamento que o conceito de desenho vem tendo, especialmente quando ele é identificado como materialização de ideias.   


Chácara Lane/Gabinete do Desenho
Rua da Consolação, 1024 - São Paulo, SP
Fone 11 3129 3361
Aberto de terça a domingo, das 9 às 17h
Visita orientada. Entrada franca.


Mais informações
http://www.museudacidade.sp.gov.br/gabinete-desenho.php

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Roger Bacon

“A Matemática é a chave do portão e as ciências. A falta de atenção às obras matemáticas prejudica todos os conhecimentos, uma vez que ele é ignorante de não poder conhecer as outras ciências ou as coisas deste mundo.”

“Os argumentos mais fortes não provam nada, desde que as conclusões não são verificadas pela experiência. Ciência experimental é a rainha das ciências e da meta de todas as especulações.”

“Se em outras ciências nós chegarmos na certeza sem dúvida e na verdade sem erro, basta-nos colocar as fundações do conhecimento na matemática.”

"Mais segredos da ciência foram descobertos por homens simples que por homens de prestígio popular - estes vivem ocupados com assuntos populares."

"Que ninguém se vanglorie do seu saber, nem despreze os humildes, pois estes sabem muitos segredos que Deus não revelou aos que têm fama de sábios."

"A verdade é filha do tempo e não da autoridade"

“Há dois modos de conhecimento: através do raciocínio e da experiência.
O raciocínio traz conclusões e nos obriga a concedê-las, mas não provoca certeza nem elimina dúvidas, permitindo à mente repousar na verdade, a não ser que esta seja proporcionada pela experiência”.

“A Natureza contém a Natureza; a Natureza se alegra com a Natureza; a Natureza domina a Natureza e se transforma nas demais naturezas”.

"Parem de ser denominados por dogmas e autoridades; olhem para o mundo!"

 
Roger Bacon (1214 — 1294), também conhecido como Doctor Mirabilis (Doutor Admirável em latim), foi um dos mais famosos frades de seu tempo.

Ele foi um filósofo inglês que deu bastante ênfase ao empirismo, teoria que defende que a experiência sensorial é o que produz em nós o conhecimento e ao uso da matemática no estudo da natureza.
 
Roger Bacon descreve o método científico como um ciclo repetido de observação, hipótese, experimentação e necessidade de verificação independente. Ele registrava a forma em que conduzia seus experimentos em detalhes precisos a fim de que outros pudessem reproduzir seus experimentos e testar os resultados - essa possibilidade de verificação independente é parte fundamental do método científico contemporâneo.

Ele propagou o conceito de "leis da natureza", fato importante num período do século XIII em que estavam ocorrendo constantes modificações no pensamento filosófico e na filosofia da natureza.

Estudou nas universidades de Oxford e Paris. Contribuiu em áreas importantes como a Mecânica, a Filosofia, a Geografia e principalmente a Óptica.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vittorio De Sica

Vittorio De Sica (1901 — 1974) foi um dos mais importantes diretores e atores do cinema italiano.

Como ator estreou em 1932, no filme Dois Corações Felizes. Como diretor sua estreia foi em 1939, com o filme Rosas Escarlates. Em 42 anos de carreira recebeu três prêmios Oscar de melhor filme estrangeiro: em 1946 por Vítimas da Tormenta, em 1948 por Ladrões de Bicicletas, e em 1971 por O Jardim dos Finzi-Contini.

Em 1948, realizou um dos seus mais conhecidos filmes, Ladri di Biciclette (Ladrão de Bicicletas), adaptação do romance de Luigi Bartolini, considerado um dos filmes mais realistas da história do cinema, um drama passado no pós-guerra sobre um homem e o seu filho que procuram a sua bicicleta roubada, imprescindível para o seu trabalho.

O cinema americano também se rendeu ao modelo de De Sica, sobretudo o cinema independente no início da década de 1960, com a câmera mais solta, a luz estourada e o tom provocadoramente realista das atuações.

Alguns dos tipos perdedores do início da carreira de Woody Allen ecoam claramente os dos filmes do cineasta. Sua influência se nota também em produções recentes, como Menina de Ouro, de Clint Eastwood, ganhador do Oscar de 2004 - o treinador de boxe decadente e sua infeliz pupila parecem saídos de uma produção neo-realista.

A Nouvelle Vague francesa também deve muito a De Sica. André Bazin, uma das figuras de proa do movimento que revelou os diretores Jean-Luc Godard e François Truffaut, escreveu longos artigos na revista Cahiers du Cinéma exaltando o diretor italiano. Lá, ele aponta como as filmagens feitas na rua em filmes como Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut, e Acossado (1960), de Jean-Luc Godard, usam as técnicas de De Sica.

Após a década de 1940, a carreira do diretor italiano declinou. Como o escritor russo Fiodor Dostoiévski, ele era viciado em jogo. Para pagar suas dívidas, atuou em várias produções baratas e dirigiu muitos filmes ruins. Conquistador compulsivo, o cineasta também gastava com mulheres, e tinha que sustentar os três filhos de seus dois casamentos. A vida atribulada pode ter atrapalhado a criação artística, mas nada muda o fato de que o legado de Vittorio De Sica é um dos mais importantes da história do cinema. É considerado o precursor do neorrealismo italiano.

Fotos para Apple

Peter Belanger é o fotógrafo oficial dos produtos da Apple. iPhone, iPod, iPad, Mac Mini, Macbook e todos os gadgets da empresa passam pela mão do artista para que ele possa gerar suas imagens oficiais, que vão correr o mundo logo após o lançamento de cada item.

Abaixo, você pode conferir todo o processo de criação até a imagem parar na capa de uma revista. O trabalho produzido pela Macworld mostra a complexidade e a riqueza de detalhes que um fotógrafo como Belanger precisa explorar até ter a sua imagem final publicada.

Excelente vídeo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Coutinho e Mauricio Lamberg

A. Coutinho

Do misterioso Coutinho conhecemos apenas a primeira letra do nome, um evasivo a que a ascendência portuguesa deixa supor esconder um provável Antonio ou quiçá Afonso. Entretanto, se sua origem e sua trajetória são pouco claras, nítido e irrefutável é seu talento, comprovado numa pequena Coleção de vistas do estado de Alagoas, focalizando Maceió, Penedo, São Brás e outras cidades das margens do São Francisco.
 
Maurício Lamberg

Fotógrafo de biografia pouco conhecida, com um grande talento para a realização de fotografias do mar e de embarcações. Essa notória habilidade o levou a ser classificado como fotógrafo de marinhas e ser comparado com Marc Ferrez [...]." O livro, segundo Blake, "[...] trata da natureza do Brazil e das diversas raças que contém; de sua lavoura, do solo, da imigração e colonização; de suas florestas; da mudança de seu governo e do movimento revolucionário de 6 de setembro."

O livro "O Brazil - Illusrado com gravuras", onde são citados estes fotógrafos pode ser baixado no link abaixo.

http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242535

Mauricio Lamberg - Fotografias de Pernambuco


domingo, 11 de agosto de 2013

Rubén Darío

Passa e esquece

Peregrino que vais buscando em vão
Um caminho melhor que teu caminho,
Como queres que te dê a mão,
Se meu estigma é teu estigma, peregrino?
Não chegarás jamais a teu destino;
Levas a morte em ti como o verme
Que te rói o que tens de humano…
O que tens de humano e de divino!
Segue tranquilamente, Oh! Caminhante!
Ainda te fica muito distante
Esse país incógnito que sonhas…
E sonhar é um mal. Passa e esquece,
Pois se te empenhas em sonhar, te empenhas
Em aventar a chama de tua vida.

(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)


Félix Rubén García Sarmiento, conhecido como Rubén Darío (1867 - 1916), foi um poeta nicaraguense, iniciador e máximo representante do Modernismo literário em língua espanhola.

Os temas espanhóis estão muito presentes em sua produção. Consciente da decadência da Espanha tanto na política como na arte (preocupação que compartilhou com a chamada Geração de 98), se inspira com frequência em personagens e elementos do passado.

Azul... (1888), considerado o livro inaugural do Modernismo hispano-americano, recolhe tanto relatos em prosa como poemas, cuja variedade métrica chamou a atenção da crítica. Apresenta já algumas preocupações características de Darío, como a insatisfação ante a sociedade burguesa.

É possivelmente o poeta que tem tido uma maior e mais duradoura influência na poesia do século XX no âmbito hispânico. É chamado de príncipe das letras castelhanas.