Cidadão Kane
Gênero:
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Drama
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Direção:
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Orson
Welles
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Roteiro:
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Orson Welles, Herman J. Mankiewicz
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Produção:
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Orson
Welles
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Música Original:
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Bernard
Herrmann
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Fotografia:
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Gregg
Toland
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Edição:
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Robert
Wise
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Direção de Arte:
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Van
Nest Polglase
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Figurino:
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Edward
Stevenson
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Guarda-Roupa:
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Claire
Cramer
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Maquiagem:
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Mel
Berns, Maurice Seiderman
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Efeitos Sonoros:
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Bailey Fesler, James G. Stewart, John Aalberg
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Efeitos Especiais:
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Vernon
L. Walker
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Efeitos Visuais:
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Russell
A. Cully
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Ano:1941
Sinopse
Sinopse
Ao morrer,
um político e magnata da imprensa, diz uma palavra:
Rosebud. Através de depoimentos contraditórios, tenta-se reconstituir o
mistério de sua vida.
Comentários
Welles havia ficado famoso no rádio com uma transmissão escandaloso de “A Guerra dos Mundos” que os americanos tinham
achado que era uma invasão real de marcianos. Isso o levou a ter carta branca
para fazer um primeiro filme, que acabou sendo também um projeto
auto-destrutivo, quase suicida.
Resolveu fazer uma biografia um
pouco disfarçada de William Randolph Hearst,
magnata da imprensa que como Kane flertou com o nazismo e tentou transformar
sua amante de pouco talento Marion Davies em estrela de cinema. Logicamente
Hearst não gostou e fez tudo para impedir o sucesso do filme, propôs até mesmo
comprar os negativos da fita para destruí-la. Diante dessa pressão é até
surpreendente que Cidadão Kane tenha sido indicado ao Oscar de melhor filme e
ganhado o de melhor roteiro original.
Fracasso de bilheteria na época, era realmente ousado em seus recursos
narrativos. Usava profusamente dos flash backs
para reconstruir a vida secreta de quem teria sido Kane, as vezes até mesmo com
depoimentos contraditórios e jornais forjados.
Mas foi na fotografia ajudado pelo grande Gregg Toland que Welles mais
experimentou. Principalmente na chamada profundidade
de campo, ou seja, mostrando as figuras no primeiro plano tão nítidas
quanto no fundo. Um trabalho difícil, que para conseguir isso era necessário
utilizar um número enorme de refletores e por uma equipe de montadores que incluíam
os futuros diretores Mark Robson e Robert Wise.
Há outros fatores técnicos para
admirar: a utilização criativa do som, os efeitos de contraluz, os elementos simbólicos – as caixas
que parecem arranha-céus – movimentos criativos de câmera, o “travelling”
vertical mostrando os operários reagindo à
falta de talento da Sra. Kane.
Talvez seu ponto mais fraco seja o elenco, que foi composto por membros
do antigo teatro Mercury do rádio. Welles já tinha sua mania de usar excesso de
maquiagem para disfarçar seu nariz pequeno. Agnes Moorehead, do seriado A
Feiticeira fazia sua mãe, o futuro astro Joseph Cotten era o melhor amigo, outro
futuro astro Alan Ladd fazia um dos repórteres.
Apesar de tudo não é um filme perfeito. Certos críticos reclamam que
certos personagens contam incidentes que não poderiam ter observado e o recurso
psicológico de “rosebud” pode parecer piegas demais.
Cidadão Kane é um filme díficil de se ver e talvez não seja o filme de
que a gente mais goste, mas certamente é um dos melhores da historia do cinema
e do século vinte.
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