Titulo original: (The Grapes of Wrath)
Lançamento: 1940 (EUA)
Direção: John Ford
Elenco: Henry Fonda , Jane Darwell , John Carradine , Charley Grapewin , Dorris Bowdon
Duração: 129 min
Gênero: Drama
Roteiro:Nunnally Johnson, baseado em livro de John Steinbeck
Produção:Darryl F. Zanuck
Fotografia:Greg Toland
Direção de arte:Richard Day e Mark-Lee Kirk
Lançamento: 1940 (EUA)
Direção: John Ford
Elenco: Henry Fonda , Jane Darwell , John Carradine , Charley Grapewin , Dorris Bowdon
Duração: 129 min
Gênero: Drama
Roteiro:Nunnally Johnson, baseado em livro de John Steinbeck
Produção:Darryl F. Zanuck
Fotografia:Greg Toland
Direção de arte:Richard Day e Mark-Lee Kirk
Sinopse
Oklahoma, na época da Depressão. O filho mais velho de uma família de trabalhadores rurais pobres retorna para casa, após cumprir pena por homicídio involuntário. Ele planeja levar em um pequeno caminhão a família até a Califórnia, onde se diz que trabalho lá não falta. Durante a viagem eles passam por diversos tipos de provações e quando chegam na Terra Prometida descobrem que era um lugar bem pior do que aquele que tinham deixado.
Considerações
Sem dúvida um dos melhores filmes já feitos pelo cinema americano, principalmente pela ousadia de John Ford que teve a coragem de filma-lo, pois o filme trata da miséria e do corroido sonho americano de grandeza e liberdade.
A fotografia do filme é primorosa para limitar o elogio ao mínimo, haja vista ter sido realizada por Greg Toland, que participou de "Cidadão Kane" de Welles e era um génio de sua época.
As falas do filme no começo são poucas, porém em seu desenrolar ganham força para no fim se tornarem contundentes.
Seguem alguns exemplos:
No ato do enterro do velho Joad, o ex-pregador Casy é convocado a fazer um breve sermão. Após vacilar – afinal ele não é mais pregador – aceita e profere uma frase lapidar. Diz ele: “Este é um homem velho, que viveu uma vida e morreu dela. Não sei se ele era bom ou mau. Não importa muito.” E observa: “Uma vez escutei um poema. Ele dizia: ‘Tudo que vive é sagrado’. Eu não rezaria apenas por um velho morto, porque ele está bem. Se tivesse de rezar eu rezaria pelos vivos, que não sabem para onde ir.”
A última fala de Ma, que depois de errar pelos Estados Unidos à procura de trabalho conclui o filme dizendo: "É isso que nos faz fortes. A gente rica vem e morre. E seus filhos não prestam. Também acabam morrendo. Mas nós continuamos. Nós somos o povo que vive. Eles não podem nos vencer. Continuaremos para sempre, porque nós somos o povo".
O filme impressiona porque não é belo, principalmente os atores( exceção para Henry Fonda) que estéticamente representam bem o proletariado.
Em conclusão um filme obrigatório para aqueles que gostam do cinema além de mero entretenimento.
Curiosidades
O grande diretor John Ford (1894-1973), que se apresentava dizendo "eu faço westerns", curiosamente nunca foi premiado com um Oscar por um filme desse gênero, e sim quatro vezes por seus dramas. "Vinhas da Ira" foi seu segundo drama.
Além do Oscar de direção, "Vinhas da Ira" ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Jane Darwell (1880-1967), que interpreta a mãe e tem o discurso final.
Jane teria uma longa carreira que só se encerraria como a mulher dos pássaros em "Mary Poppins".
Ford não gostava de ensaiar nem de repetir cenas e a antológica seqüência entre Fonda e sua mãe foi rodada apenas uma única vez.
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