segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Filosofia da Caixa Preta - Vilém Flusser



Sinopse

Do próprio autor na contracapa

“Esse ensaio resume conferências que pronunciei na França e Alemanha. A pedido da EuropeanPhotography, foram reunidas neste pequeno livro, publicado em alemão. A reação do público (não apenas dos fotógrafos, mas sobretudo dos interessados em Filosofia) foi dividida, porém intensa. Parto da hipótese de que seria possível observar duas revoluções fundamentais na estrutura cultural: a primeira, que ocorreu aproximadamente em meados do segundo milênio A.C., pode ser captada sob o rótulo invenção da escrita linear, e inaugurava a História propriamente dita; a segunda, que ocorre atualmente, pode ser captada sob o rótulo invenção das imagens técnicas, e inaugura um modo de ser ainda dificilmente definível. A hipótese admite que outras revoluções possam ter ocorrido em passado mais remoto, mas sugere que elas nos escapam.

A intenção que move este ensaio é contribuir para um diálogo filosófico sobre o aparelho em função do qual vive a atualidade, tomando por pretexto o tema fotografia. Submeto-o, pois à apreciação do público brasileiro.” 

Comentários

Vilém Flusser nasceu em Praga, mas viveu no Brasil fugido da 2ª Grande Guerra até a década de sessenta. Lecionou filosofia em universidades paulistanas e publicou vários livros em português. E este é ponto principal, a meu ver, sobre sua importância, pois podemos ler um livro de um grande filósofo estrangeiro sem ter passado pela interpretação de um tradutor.
O livro trata da tríade da formação da “imagem fotográfica”, ou seja, as relações entre o fotógrafo, o aparelho fotográfico e a imagem gerada, que resulta do ponto de vista do fotógrafo e as limitações do aparelho fotográfico. Vários outros temas são abordados de maneira instigante.

O livro, por se basear em temas filosóficos, é complexo e sua leitura difícil, mas vale a pena cada página lida e entendida. Recomendado para aqueles que encaram o ato de fotografar de forma não leviana. 

Tem seu primeiro parágrafo assim: “Imagens são superfícies que pretendem representar algo. Na maioria dos casos, algo que se encontra lá fora no espaço e no tempo. As imagens são, portanto, resultado de se abstrair duas das quatro dimensões do plano.”

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