quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Boécio

“Tudo é conhecido, não conforme si mesmo, mas de acordo com a capacidade do conhecedor.”

"Se tivesses ficado calado, terias continuado filósofo."

"A avareza torna odioso o homem; a liberalidade torna-o estimado."

"Em toda a adversidade do destino, a condição que gera mais infelicidade é o fato de se ter sido feliz."

"Inconstância é minha essência."

"Os bons momentos passam, mas os maus também. Mutabilidade é nossa tragédia, mas também nossa esperança. Os piores momentos, e os melhores, sempre passam."

"A verdadeira e perfeita felicidade é aquela que torna um homem completamente independente, poderoso, respeitável, ilustre e feliz."

"Estranha felicidade esta, proporcionada pelos bens terrestres: só se pode possuí-la ao custo da própria tranquilidade!"

"Mesmo quando o mérito está na origem da glória, o que ela pode acrescentar na consciência do sábio, que avalia o que é bom ou não para si, e não se apega ao rumor do público, mas à verdade de sua consciência?"

"Os mortais têm todos uma única preocupação pela qual não medem esforços; seja qual for o caminho tomado, o objetivo é sempre o mesmo: a felicidade."

"Quanto aos amigos, são o tesouro mais sagrado que temos, pois eles nos foram dados pela virtude e não pela Fortuna."

"Somente a bondade pode elevar um homem acima da natureza humana, a maldade rebaixa os que a ela se aplicam para aquém do nível humano."

"Uma consciência, quando se vangloria muito de si mesma, diminui cada vez mais o seu mérito e recebe em troca só o prêmio da fama."


Anício Mânlio Torquato Severino Boécio (480 — 524 ou 525), mais conhecido simplesmente por Boécio, foi um filósofo, estadista e teólogo romano que se notabilizou pela sua tradução e comentário do Isagoge de Porfírio, obra que se transformou num dos textos mais influentes da Filosofia medieval europeia. Traduziu, comentou ou resumiu, entre outras obras dos clássicos gregos, para além do Isagoge de Porfírio e do Organon de Aristóteles, vários tratados sobre matemática, lógica e teologia.

Sendo senador de Roma, no ano de 510 foi nomeado cônsul e em 520 foi elevado a chefe do governo e dos serviços da corte pelo rei ostrogodo Teodorico o Grande. Pouco depois, devido a desacordos políticos e por ter apoiado um senador apontado pelo rei como traidor, foi ele próprio acusado de traição a favor do Império Bizantino e de magia, sendo subsequentemente torturado, condenado à morte e executado. 

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