
Desenvolveu paralelamente as carreiras de ator e fotógrafo, atuando na Companhia Joaquim Heleodoro (de 1858 a 1860) e na Companhia Dramática Nacional (de 1860 a 1862), com quem se mudou para São Paulo aos 25 anos de idade. Ainda na década de 1850 trava conhecimento com os proprietários do ateliê Carneiro & Gaspar, para o qual passa a trabalhar como retratista. A experiência de Militão no teatro exerceu uma influência importante em seu estilo de fotografar.
Cria o estúdio Photographia Americana em 1875, onde, além de figuras ilustres como Castro Alves, Joaquim Nabuco, D. Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina, recebe uma clientela mais popular do que a dos demais estúdios instalados em São Paulo. Inclusive o preço cobrado pelas fotos era um dos mais baratos da cidade: cinco mil réis, o equivalente ao preço de cinco passagens para a Penha. A localização do ateliê, em frente à Igreja do Rosário, frequentada principalmente pela população negra, provavelmente explica a grande quantidade de negros fotografados, bem como a maneira em que estes aparecem nas fotos, não como escravos, mas como cidadãos comuns. Muitos outros registros mostram também coristas e artistas de teatro.

A foto ao acima é da inauguração do Teatro Municipal de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado, sua opinião é importante para nós.