De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
Mais vale um galo no terreiro do que dois natesta.
Quem empresta, adeus...
Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.
Quem só fala dos grandes, pequeno fica.
Viúva rica, com um olho chora e com o outro se explica.
Depois do governo ge-gê, o Brasil terá um governo ga-gá. ( Ge-gê:
apelido de Getulio Vargas. Ga-gá: referia-se às duas primeiras letras
no sobrenome do novo presidente, Eurico Gaspar Dutra).
Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o
dono do jornal encher nababescamente a barriga.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
Voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim , afinal, o eleitor não
terá vergonha de votar no seu candidato.
Os juros são o perfume do capital.
Urçamento é uma conta que se faz para saveire como debemos aplicaire o
dinheiro que já gastamos.
Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.
Banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente
apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.
Mulher moderna calça as botas e bota as calças.
A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade
humana.
Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
Pão, quanto mais quente, mais fresco.
A promissória é uma questão "de...vida". O pagamento é de morte.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
A gramática é o inspetor de veículos dos pronomes.
Cobra é um animal careca com ondulação permanente.
Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.
É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.
A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.
Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia
ficará chato como o pai.
Advogado, segundo Brougham, é um cavalheiro que põe os nossos bens a
salvo dos nossos inimigos e os guarda para si.
Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria
louco de raiva se acontecesse com você.
Barão de Itararé
Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (Rio Grande, 29 de janeiro de 1895 – Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1971), também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.
Aparício Torelly iniciou-se no humorismo em 1908 no jornalzinho "Capim Seco",do colégio onde estudava, satiriziando a disciplina dos padres jesuítas de São Leopoldo do Sul.
Sempre irreverente, em 1930, com a revolução, o autor proclama-se Duque de Itararé, herói da batalha que não houve. Semanas depois, rebaixa-se a Barão como prova de modéstia. No dia 02 de setembro de 1932 é preso pela 4º. delegacia auxiliar (responsável pela ordem política e social), após "delirante atividade revolucionária" mantida nas páginas d' "A Manha" e constantes estocadas contra o governo instalado pela revolução.
Em 1985, a Editora Record publica em livro, sob o título de Máximas e Mínimas do Barão de Itararé, uma seleção de textos de humor extraídos de A Manhã, em coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa e com prefácio de Jorge Amado.
Fonte:http://www.releituras.com
Mais vale um galo no terreiro do que dois natesta.
Quem empresta, adeus...
Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.
Quem só fala dos grandes, pequeno fica.
Viúva rica, com um olho chora e com o outro se explica.
Depois do governo ge-gê, o Brasil terá um governo ga-gá. ( Ge-gê:
apelido de Getulio Vargas. Ga-gá: referia-se às duas primeiras letras
no sobrenome do novo presidente, Eurico Gaspar Dutra).
Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o
dono do jornal encher nababescamente a barriga.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
Voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim , afinal, o eleitor não
terá vergonha de votar no seu candidato.
Os juros são o perfume do capital.
Urçamento é uma conta que se faz para saveire como debemos aplicaire o
dinheiro que já gastamos.
Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.
Banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente
apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.
Mulher moderna calça as botas e bota as calças.
A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade
humana.
Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
Pão, quanto mais quente, mais fresco.
A promissória é uma questão "de...vida". O pagamento é de morte.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
A gramática é o inspetor de veículos dos pronomes.
Cobra é um animal careca com ondulação permanente.
Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.
É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.
A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.
Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia
ficará chato como o pai.
Advogado, segundo Brougham, é um cavalheiro que põe os nossos bens a
salvo dos nossos inimigos e os guarda para si.
Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria
louco de raiva se acontecesse com você.
Barão de Itararé
Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (Rio Grande, 29 de janeiro de 1895 – Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1971), também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.
Aparício Torelly iniciou-se no humorismo em 1908 no jornalzinho "Capim Seco",do colégio onde estudava, satiriziando a disciplina dos padres jesuítas de São Leopoldo do Sul.
Sempre irreverente, em 1930, com a revolução, o autor proclama-se Duque de Itararé, herói da batalha que não houve. Semanas depois, rebaixa-se a Barão como prova de modéstia. No dia 02 de setembro de 1932 é preso pela 4º. delegacia auxiliar (responsável pela ordem política e social), após "delirante atividade revolucionária" mantida nas páginas d' "A Manha" e constantes estocadas contra o governo instalado pela revolução.
Em 1985, a Editora Record publica em livro, sob o título de Máximas e Mínimas do Barão de Itararé, uma seleção de textos de humor extraídos de A Manhã, em coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa e com prefácio de Jorge Amado.
Fonte:http://www.releituras.com
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